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M&A 2015: um novo recorde!

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    Investment Banking
  • 25 de fev. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 26 de fev. de 2019

Você já ouviu aquela expressão "off the charts"? Em 2015, anunciou-se mais transações de Fusões & Aquisições (M&A) do que em qualquer outro ano: foram mais de USD4,7 trilhões, comparado com USD2,4 trilhões em 2014, e superando os USD4,1 trilhões em 2007. Mas porque 2015 foi "off the charts"?

O resultado de 2015 foi o resultado de i) muitas mega-transações de mais de USD10 bilhões (41% do volume total), ii) consolidação em Healthcare (+71% em 2015), Oil & Gas (estável) e Tecnologia (+100% em 2015), e iii) mercado aquecido nos EUA e Asia-Pacífico (74% do volume total). Fonte: Thomson Reuters

A quantidade de transações em 2015 foi apenas 2% a mais que no ano anterior, acumulando um pouco mais de 42.300 transações. O disparate de 2015 (USD4,7 x 2,5 trilhões) é consequência de transações maiores, não de uma maior propensão à transações de Fusões & Aquisições, como o número sugere em uma primeira vista.


Enquanto o volume cresceu 88% em 2015, a receitas dos bancos (M&A fees) cresceu apenas 7% (indicando uma correlação da receita com quantidade de transações, em vez de tamanho das transações - reconhecendo que deveríamos olhar para as transações que fecharam e não aquelas que foram anunciadas). Os bônus dos banqueiros não será "off the charts" para a maioria, e acredito que banqueiros nas geografias mais privilegiadas ficarão significativamente mais contentes que outras geografias (como o Brasil). Thomson Reuters/Freeman Consulting estimam que os bancos ganharam USD29,4 bilhões em fees das transações completadas em 2015.


O volume de M&A em 2015 foi recorde principalmente por causa das mega-transações, conforme ilustrado abaixo. Destaque para a Compra da AB Inbev (USD120 bi) e Heinz (USD55 bi) por ter brasileiros envolvidos.



Tantas transações superando os USD10 bilhões somente são possíveis com as condições de mercado atuais, com excesso de liquidez e taxas de juros baixas (em dólares, é claro). Este cenário deve mudar lentamente a medida que os EUA aumentarem as taxas de juros.


Outro fator importante e correlacionado é a participação dos fundos de Private Equity no mercado global de Fusões & Aquisições. É razoável esperar que as empresas vendidas em 2015 pelos fundos de PE foram aquelas compradas em 2008-2010 (por preços muito baixo e também com bastante alavancagem) e completam o ciclo de compra-apreciação-venda agora em 2015/16.


No Brasil, há muita movimentação de Fusões & Aquisições, mas não está fácil fechar as transações. Há muita incerteza em relação ao futuro, que faz a discussão de preço mais árida - é um "mercado comprador". Aqueles que podem, esperam por preços maiores e seguram a venda. O câmbio ajuda aqueles que vem de fora, mas requer estômago para encarar tanta instabilidade.


Eu continuo acreditando que o momento para comprar no Brasil é excelente, e muita gente vai se arrepender de não ter agarrado as oportunidades que se apresentam hoje - algumas não voltarão nunca mais.


José Securato é Sócio-Fundador da Saint Paul Advisors, uma boutique de M&A.


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